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Muita gente acredita que qualquer chá é um medicamento fitoterápico. Mas isso não é verdade. Descubra o que é mito e o que é verdades sobre os benefícios dessa prática terapêutica milenar.

2,1 milhões. Esse é o número de pessoas que optaram por terapias alternativas, entre elas a fitoterapia, oferecidas pelo SUS, só no ano de 2016, para o tratamento de algum problema de saúde no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

Um crescimento de 670%, em oito anos.

Doenças que afetam a rotina como problemas respiratórios, úlcera, artrite, depressão, ansiedade e insônia, hoje, não são tratadas sem antes considerar o bem-estar físico, mental e social como fatores condicionantes da nossa saúde.

A busca por mais qualidade de vida – em todas as faixas etárias -, está longe de ser uma moda passageira.

No Brasil, por exemplo, o número de atendimentos em terapias alternativas no SUS aumentou 670%, saltando de 271 mil, em 2008, para 2,1 milhões em 2016, de acordo com o Ministério da Saúde.

Cada vez mais, ela tem modificado hábitos, incentivado práticas saudáveis e encontrado relevância na forma como passamos a nos relacionar com nós mesmos, com os nossos e com o ambiente em que vivemos.

É por isso que a fitoterapia, tratamento terapêutico com o uso de plantas medicinais, vem se destacando como solução prática para quem busca o cuidado natural, seguro e integral da saúde de toda a família. 

E como funcionam os medicamentos fitoterápicos?

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Os fitoterápicos

Segundo definição da ANVISA – a Agência Nacional de Vigilância Sanitária -, são considerados medicamentos fitoterápicos aqueles produzidos a partir de vegetais ou plantas medicinais com alguma ação terapêutica

Os fitoterápicos também se caracterizam por dispor de um conjunto de princípios ativos obtidos a partir de partes de plantas, como raízes, folhas e sementes. Inclusive, é comum encontrar outros ingredientes naturais, como cera de abelha e óleos vegetais, em sua fórmula.

A fitoterapia é uma terapia milenar, presente nas práticas cotidianas de diferentes povos e culturas, repassada de geração em geração ao longo do tempo.

“Toma um chazinho que passa!”
Fitoterapia e a sabedoria popular

Quem nunca nunca tomou chá para aliviar um incômodo na barriga, espantar a insônia, se livrar dos sintomas do resfriado ou de algum tipo de mal estar? 

Apesar de deliciosos e muito benéficos, chás e outra série de práticas curativas associadas aos saberes populares, são baseadas em experiências adquiridas ao longo da vida e, como tais, estão inevitavelmente enraizadas em nossa cultura.

Chás caseiros, benzeduras, banhos e emplastos obtidos através de plantas no fundo do quintal de casa, apesar de serem parte importante das tradições e costumes sócio-culturais de determinadas comunidades, nem sempre têm sua eficácia terapêutica comprovada

Isso significa que apesar dos efeitos benéficos ou calmantes, chás não são medicamentos fitoterápicos.

Como veremos a seguir, para que plantas medicinais sejam consideradas fitoterápicos, é necessário passar por controles de qualidade, como qualquer remédio da medicina tradicional.

Como as plantas medicinais podem ser usadas na fitoterapia

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As plantas medicinais podem ser utilizadas sob diferentes formas, dependendo da parte do vegetal que está sendo manipulada, do efeito desejado e também da enfermidade a ser tratada: 

  • infusão
  • decocção
  • maceração
  • inalação
  • xaropes
  • extratos fluido, mole ou seco
  • pomadas
  • cremes
  • cataplasma
  • compressa
  • gargarejo ou bochecho

Assim como outros medicamentos, os fitoterápicos devem ser conhecidos por sua eficácia comprovada e pelos riscos de seu uso, assim como pela capacidade de reprodução onde a qualidade pode ser mantida por meio do controle das matérias-primas, do produto acabado, materiais de embalagem e estudos farmacológicos e toxicológicos. 

Quando é indicado o uso de medicamento fitoterápico?

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Medicamentos fitoterápicos são indicados para o alívio sintomático de doenças de baixa gravidade e por curtos períodos de tempo, os fitoterápicos ganham diferentes formas farmacêuticas, como xaropes, pomadas, géis, soluções, comprimidos e cremes.

Em média, a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos beneficia 12 mil pessoas, por ano, que utilizam medicamentos fitoterápicos industrializados ou manipulados, drogas vegetais e a planta medicinal fresca.

Atualmente, doze medicamentos são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre eles, estão: a Aloe vera (Babosa) para o tratamento de psoríase e queimaduras, o Salix Alba (Salgueiro) contra dores lombares e a Rhamnus purshiana (Cáscara-sagrada) para prisão de ventre, entre outros de uso ginecológico, para tratamento de problemas respiratórios, gastrite e úlcera, além de medicamentos para artrite e osteoartrite.

Esteja atento!

Grupos como crianças, idosos, lactantes, gestantes e portadores de doenças graves, merecem atenção especial.

A fitoterapia não deve ser utilizada de maneira indiscriminada. É preciso redobrar a atenção sobre suas dosagens e contra-indicações nesses casos.

Lembre-se sempre: fitoterápicos devem oferecer garantia de qualidade, ter seus efeitos terapêuticos comprovados, composição padronizada e segurança de uso para a população, seguindo as determinações da Anvisa.

Por isso, não confunda fitoterápicos com qualquer chazinho. Existem diversas plantas tóxicas que, caso ingeridas, podem provocar insuficiência hepática e até levar à morte. 

CONCLUSÃO

Com a evolução e sofisticação da fitoterapia ao longo do tempo, entendemos que o conhecimento e domínio das propriedades curativas das plantas não podem mais ser considerados apenas como uma tradição oral passada entre gerações. O estudo e aperfeiçoamento dos medicamentos fitoterápicos são sinônimos de uma sociedade mais saudável, integrada com o bem viver oferecido pela natureza. E a certeza de que o amor que inspira cuidado com toda a família, continua ao alcance das nossas mãos.

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