Conversa e diálogo são essenciais quando se trata dos pequenos!
O Alzheimer, por si só, já é uma doença bastante delicada, principalmente para quem está sendo acometido pela doença, como também pela família e amigos que se solidarizam com a situação.
Neste cenário, quando a família conta com crianças, o processo ainda é mais sensível. Isso porque a doença é progressiva e debilitante, afeta a memória, o pensamento e o comportamento das pessoas, e explicar isso para uma criança pode ser desafiador. Assim, todo o processo precisa ser abordado com cuidado e honestidade, de modo a ajudar o pequeno a entender e lidar com a situação da maneira mais saudável possível.
Alzheimer’s Association
Segundo dados da Alzheimer’s Association, a maioria das pessoas diagnosticadas com a doença tem 65 anos de idade ou mais.
Sinais para ficar de olho
A doença costuma evoluir de forma lenta. Alguns dos sinais que devemos ficar de olho são a dificuldade para encontrar palavras que exprimem ideias ou sentimentos pessoais, irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos e tendência ao isolamento.
Tendo em vista todos estes fatores, como você pode conversar com as crianças sobre o assunto?
O momento certo
Escolher o momento certo é essencial, por isso evite trazer o assunto à tona durante um momento de estresse ou agitação. Procure um momento calmo e tranquilo, onde vocês possam conversar sem interrupções.
Linguagem simples e adequada
Adapte sua linguagem à idade da criança, evitando palavras médicas complicadas. Use palavras simples e diretas para explicar do que se trata a doença e como ela afeta os avós.
Respostas às perguntas
Esteja preparado para responder às perguntas da criança da melhor maneira possível. Se você não souber a resposta, seja honesto e diga que podem procurar mais informações juntos.
Envolva no processo de cuidado
Incentive a criança a participar do processo de cuidado, dentro de suas capacidades e limitações. Visitas regulares, desenhos ou cartas feitos pela criança são ótimas maneiras, além de elas passarem tempo de qualidade junto com o avô ou avó.
Compreensão e empatia
É preciso ajudar a criança a entender que os avós podem ficar confusos ou esquecer coisas, mas que isso não é culpa delas. É importante incentivá-las a terem paciência e demonstrarem gentileza e compreensão nas palavras e ações.
Fique atento ao comportamento da criança
Após conversar com a criança sobre o Alzheimer dos avós, é importante monitorar de perto sua saúde mental. O diagnóstico de Alzheimer na família pode ser estressante e desafiador para as crianças lidarem, e elas podem apresentar sinais de estresse, ansiedade ou tristeza.
Esteja atento a mudanças em seu comportamento, como dificuldade de concentração, alterações de humor ou problemas de sono. Ofereça apoio emocional e procure ajuda profissional, se necessário. Conversar com uma criança sobre o Alzheimer dos avós pode ser difícil, mas é uma oportunidade para promover a compreensão, a empatia e o apoio mútuo dentro da família. Com paciência, amor e comunicação aberta, você pode ajudar a criança a aceitar essa situação de maneira um pouco mais positiva!
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