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A cultura tomando formas.

 

Há hábitos que herdamos desde muito novos, como ir ao parque aos finais de semana, passar café toda as manhãs, contar/escutar histórias quando crianças, aprender um prato culinário da sua avó ou uma dança típica da sua região, entre outros costumes que são decorrentes das nossas relações com o mundo e as pessoas que nos rodeiam. O folclore surgiu de um hábito, surgiu de pai pra filho, surgiu das histórias de ninar, até a mais terrível mania de colocar medo nas crianças. 

Assim é com o Folclore Brasileiro. História que o povo conta, e por mais que elas sejam utilizadas como um mecanismo de amedrontamento, as histórias do folclore trazem à luz as raízes da cultura brasileira, a apropriação nas nossas terras, dos nossos povos, da nossa descendência. 

O Folclore é brasileiro, nasceu e se expandiu em nossas terras guaranis, por isso é considerada uma cultura popular. Além de tudo, por suas raízes tradicionalistas, não se conseguem comprar a sua origem, embora com marcas dos portugueses, africanos e, sobretudo, indígenas; o que se sabe é: nasceu e cresceu pela boca do povo, tanto é que a oralidade que costura sua narrativa, resultando em uma prática que já é patrimônio do conhecimento coletivo, como: histórias, músicas; danças; cantigas e brincadeiras.

 

Como introduzir o folclore aos pequenos

Antes de qualquer coisas, é preciso entender que qualquer tipo de manifestação cultural ela é passada de pessoas para pessoas, de geração para geração, sendo assim, é importante ressaltar que  a melhor maneira de introduzir algo novo na rotina de uma criança se inicia com os hábitos adotados pelos pais, naquilo possível em suas rotinas, mas sempre buscando priorizar o seu pequeno. Além de tudo, o folclore não fica restrito às historinhas, mas também por meio das explicações das festas, como as de São João, por meio das danças de roda, das cantigas de ninar; também, buscando incluir os personagens do folclore brasileiro no cotidiano da família.

A melhor maneira de introduzir o folclore sempre será por meio da contação de histórias que, como já podemos ver, é a principal maneira de fazer com que a narrativa seja desenrolada, consequentemente fazendo sentido para uma criança e a envolvendo com os acontecimentos, com a ambientação e com as personagens. 

 

Saci-Pererê:

É conhecido por ter uma perna só e estar sempre com uma carapuça vermelho, que dizem lhe conceder poderes mágicos. O saci tem a fama de ser muito travesso, justamente por pregar peças nas pessoas que tentam invadir a floresta, mas no fundo sua intenção é protege-la de qualquer mal que possa ameaça-la. 

Cuca:

A Cuca é uma bruxa Jacaré, que tem fama de raptar as crianças que circulam suas redondezas. Além de ser malvada, a Cuca está sempre de mau humor, porque sua história conta que ela só dorme uma noite a cada 7 anos

Iara:

A sereia Iara é uma indígena que possuía uma beleza que causava inveja em todos da aldeia, que após conflitos familiares foi jogada encontro dos rios Negro e Solimões como punição. Iara resiste e, ao sobreviver, se torna na seria guardiã das águas.

Curupira:

Curupira é um menino com cabelos vermelhos e com os pés virados para trás, justamente para deixar as suas pegadas ao contrário da direção que caminha, para confundir seus perseguidores, apoiando-se em um tronco, como se fosse sua bengala. Curupira é o guardião da Floresta Amazônica.

 

Por que devo contar histórias folclóricas para meus filhos?

Existem inúmeros motivos para criar este hábito na rotina com os filhos, justamente porque pesquisas comprovam que o ato de contar história aos seus filhos contribui na relação entre pai/mãe e filho, que passa a ser desenvolvida e fortalecida desde cedo, principalmente por desenvolver nele relações de confiança, proteção e na colaboração do processo criativo e imaginário do seu pequeno. Além de tudo, a pesquisa, realizada pela UNESP, apontou que, embora a contação de história fosse o seu objetivo de investigação, os resultados apontaram que qualquer atividade de lazer, quando praticada com seus tutores, traz inúmeros benefícios para a criança e para a relação familiar. 

Só por aí já percebemos as vantagens que é incluir esta prática na rotina familiar. No entanto, quando se pensa em contar histórias sobre o folclore, não estamos pensando em apenas uma mera prática, mas ensinar e reforçar sobre a importância das nossas raízes, assim como contribuir para a manifestação e preservação da cultura brasileira. Ainda, incluir na rotina do seu filho, neste processo da educação infantil que também deve ser estimulada em casa, traz uma oportunidade de desenvolver e resgatar a memória de um patrimônio cultural inestimável, que abraça a diversidade e a riqueza de nossa terra.  

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