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Métodos que promovem saúde e bem estar podem ser aproveitados sem pagar nada e usados como complemento aos tratamentos médicos tradicionais

Muita gente não sabe, mas muito provavelmente já tenha feito ou mesmo ouvido falar de alguém que tenha experimentado alguma das terapias integrativas para o tratamento de diferentes causas e doenças. Quer apostar? 

Chás com plantas medicinais, acupuntura, homeopatia… Ahh, agora sim! 

Entretanto, apesar de algumas dessas atividades serem ligadas às práticas e saberes populares, ainda existe um número considerável de pessoas que possui pouca ou quase nenhuma informação a respeito de seus benefícios, formas de acesso e recomendações.

Por esse motivo, muita gente acaba caindo em certos “contos da Carochinha” que podem ser totalmente prejudiciais à saúde e ao tratamento seguro e eficaz. Por isso, ao longo desse texto vamos desmistificar desde o conceito à aplicabilidade das Práticas Integrativas e Complementares pra que você saia daqui sem nenhuma dúvida e possa usufruir dos seus direitos.

Vamos imaginar que você tenha uma rotina diária extremamente corrida, estressante, cheia de obrigações no trabalho e em casa com filhos pra cuidar, chefe pra responder e muitos prazos pra cumprir.

Quem não se identifica, né? Pois é. É normal então que esse alto nível de estresse te impeça de ter o cuidado adequado com a saúde, o que logo se reflete na alimentação, te leva ao sedentarismo e ao cultivo de hábitos poucos saudáveis.

A partir daí não vai ser difícil notar o aparecimento de algumas doenças como a hipertensão, uma alta da pressão arterial que pode levar a problemas mais graves de saúde como uma doença cardíaca ou até um acidente vascular cerebral (AVC).

Sem deixar de realizar o tratamento inicial com os medicamentos receitados pelo seu médico, seguindo todas as recomendações, você decide incluir práticas de saúde e bem e estar que ajudam a aumentar a qualidade de vida no seu dia a dia e equilibrar as emoções.

Resultado: Os sintomas de estresse e mal estar começam a sumir e os quadros de hipertensão, também. 

Basicamente é assim que as Terapias Integrativas e Complementares, também chamadas de PICs, funcionam. Como o próprio nome sugere, elas servem para complementar e ser aplicadas de forma conjunta com o tratamento médico convencional. 

Então as práticas integrativas também servem para o tratamento de doenças?

Sim. As práticas integrativas são terapias conhecidas por promoverem a saúde e o bem-estar das pessoas, utilizando conhecimentos e práticas tradicionais de diferentes países e culturas para prevenir males como a hipertensão, o estresse, dores e depressão que atingem grande parte da população e dão causa à inúmeras doenças, inclusive, crônicas.

Mas é importante não se esquecer de que as duas abordagens são benéficas e complementares. O objetivo das PICs não é substituir o tratamento passado pelo médico, mas, sim, fortalecer a recuperação do paciente em diferentes aspectos que também contribuíram para o seu adoecimento.

Além disso, a combinação da terapia médica convencional com os métodos complementares têm base em evidências científicas de alta qualidade, segurança e eficácia comprovada.

Atendimento gratuito pela rede pública de saúde

Desde 2006, as práticas integrativas têm alcançado milhares de brasileiros nos serviços de Atenção Básica de Saúde graças à criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

De lá pra cá, foram adicionadas, ao todo, à Tabela de Procedimentos do SUS, vinte e nove tipos de práticas integrativas. São elas: 

homeopatia;

plantas medicinais/fitoterapia;

medicina tradicional chinesa/acupuntura;

medicina antroposófica:

crenoterapia; 

arteterapia;

ayurveda, 

biodança;

dança circular;

meditação; 

musicoterapia; 

naturopatia; 

osteopatia;

quiropraxia;

reflexoterapia; 

reiki;

shantala; 

terapia comunitária integrativa;

ioga.

E o que isso representa em termos práticos de cuidado e atenção à saúde?

Só em 2016, dados do SUS registraram mais de 2 milhões de atendimentos de práticas integrativas. Na cidade de São Paulo, cerca de 400 Unidades Básicas de Saúde (UBS) oferecem esse tipo de terapia, isso equivale a mais de 60 mil pessoas beneficiadas por mês pelas práticas corporais, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Como ter acesso às terapias alternativas no SUS

  • Para ter acesso às terapias alternativas gratuitas disponíveis no SUS, você precisa se dirigir à UBS do seu bairro ou a qualquer outra unidade mais próxima e verificar a disponibilidade de atividades, pois nem todas oferecem o mesmo número de terapias da lista do SUS.
  • Também é muito importante agendar a consulta médica prévia antes mesmo de ir à UBS. O médico deve avaliar o quadro clínico de saúde do paciente e dar o encaminhamento para a atividade que melhor se adequa às suas necessidade. 

Conheça 8 das vinte e nove práticas oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS):

1- Fitoterapia: Tratamento caracterizado pelo uso racional de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, administradas por qualquer via ou forma, que exercem ação terapêutica.

2- Aromaterapia: Utiliza as propriedades dos óleos essenciais, concentrados voláteis extraídos de vegetais, para recuperar o equilíbrio e a harmonia do organismo visando à promoção da saúde física e mental, ao bem-estar e à higiene.

3- Acupuntura: Estimula pontos espalhados por todo o corpo, ao longo dos meridianos, por meio da inserção de finas agulhas filiformes metálicas, visando à promoção, manutenção e recuperação da saúde.

4- Ioga: Prática corporal e mental de origem oriental utilizada como técnica para controlar corpo e mente, associada à meditação, regulação do sistema nervoso e respiratório e promoção da reeducação mental.

5- Cromoterapia: Prática terapêutica que utiliza as cores do espectro solar – vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta – para restaurar o equilíbrio físico e energético do corpo. 

6- Homeopatia: Envolve tratamentos com base em sintomas específicos de cada indivíduo e utiliza substâncias altamente diluídas que buscam desencadear o sistema de cura natural do corpo.

7- Reiki: Utiliza a imposição das mãos para canalização da energia vital visando promover o equilíbrio energético, necessário ao bem-estar físico e mental. Busca fortalecer os locais onde se encontram bloqueios – “nós energéticos”. 

8- Reflexoterapia: Usa estímulos em áreas reflexas – os microssistemas e pontos reflexos do corpo existentes nos pés, mãos e orelhas – para auxiliar na eliminação de toxinas, na sedação da dor e no relaxamento.

CONCLUSÃO

Com a implementação de importantes políticas públicas, o acesso a tratamentos naturais e não convencionais tem permitido às práticas integrativas e complementares ganharem cada vez mais espaço no atendimento universal de saúde, especialmente se considerarmos sua eficácia e baixo custo – dois fatores de enorme relevância para a área de atenção básica. Quer dizer isso, mais atendimentos de promoção, manutenção e recuperação da saúde disponibilizados e tornados acessíveis na rede pública, o que reduz, ao mesmo tempo, o número de doentes, a necessidade de hospitalização de pacientes e o consumo de remédios, conferindo à população assistência terapêutica humanizada, plural e de qualidade.

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