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Uma alimentação vegetariana à base de alimentos naturais demonstra compaixão aos animais, ajuda a reduzir doenças crônicas e a preservar o meio ambiente.

 

Optar pela dieta vegetariana é mesmo mais saudável? A resposta para essa pergunta é: depende de quais alimentos você coloca no lugar da carne.

O vegetarianismo, por si só, não torna ninguém mais saudável. Afinal, dá para ser vegetariano vivendo só de batata frita e outros alimentos ultraprocessados, cheios de gordura e açúcar (vixe, credo!).

No entanto, uma alimentação vegetariana baseada no consumo de alimentos naturais, como frutas, verduras, legumes, leguminosas, cereais integrais e oleaginosas, pode reduzir mortes por infarto e doenças crônicas, entre elas a hipertensão e a diabetes.

Quando bem planejada, além de satisfazer as necessidades nutricionais, a dieta vegetariana ainda promove o crescimento adequado, sendo seguramente indicada para todas as fases da vida, inclusive para gestantes, bebês e crianças, segundo a American Dietetic Association (ADA).

 

 

O que é vegetarianismo?



De acordo com a SVB – Sociedade Vegetariana Brasileira, o vegetarianismo é o regime alimentar que exclui os produtos de origem animal. 

Os principais tipos de vegetarianismo são:

(a) Ovolactovegetarianismo: utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação;

(b) Lactovegetarianismo: utiliza leite e laticínios na sua alimentação;

(c) Ovovegetarianismo: utiliza ovos na sua alimentação;

(d) Vegetarianismo estrito: não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação.

 

Mas ser vegetariano não é só deixar de comer carne!

 

Seja por uma questão cultural, seja pela falta de informação, por puro preconceito ou, em grande parte, pelo apelo publicitário das grandes propagandas da indústria alimentícia, muitas pessoas ainda têm a falsa ideia de que a alimentação vegetariana se resume apenas à ausência de carne na dieta.

No entanto, a decisão de se tornar vegetariano ou vegetariana vai muito além de deixar de consumir carne de vaca, frango, porco ou peixe, e outros derivados de origem animal, durante a semana ou todos os dias.

 

Ser vegetariano é mais que repensar a forma como nos alimentamos, é repensar o mundo em que vivemos e queremos viver! 

 

E de como nossas atitudes têm um profundo impacto – que pode ser tanto positivo como negativo – na saúde, no bem estar animal e na preservação do meio ambiente.

Portanto, quando optamos pelo vegetarianismo, optamos por fazer melhores escolhas e também escolhas mais conscientes. Além, é claro, de usufruir benefícios coletivos de uma alimentação e um planeta mais saudável, sem nenhum tipo de exploração e violência.

 

 

“Ah, mas ouvi dizer que quem não come carne fica mais fraco e pode até ter anemia!”  

 

Veja, isso não é bem uma verdade…

A incidência de anemia ferropriva, por deficiência de ferro, não é maior na população vegetariana se comparada à população onívora. Mesmo que a pessoa consuma a proteína animal, ela ainda precisará complementar sua dieta com outros alimentos para garantir a quantidade diária mínima recomendada.

O que significa que, tanto o vegetariano quanto o onívoro têm chances de desenvolver uma anemia ferropriva.

 

Mas por que, então, existe o mito com relação à anemia na dieta vegetariana?


De fato, parte do ferro do tipo heme, encontrado nos produtos de origem animal, é mais bem absorvido pelo organismo do que o ferro do tipo não-heme, encontrado nos produtos de origem vegetal.

No entanto, o fato de haver uma alternativa superior não faz da alternativa vegetal necessariamente ruim. Nesse caso, porém, alguns cuidados ajudam a garantir uma ingestão mais adequada. São boas fontes vegetais de ferro: leguminosas, castanhas e sementes, os vegetais verde-escuros, frutas secas e o melaço da cana-de-açúcar.

 

 

Mas, além da alimentação, existem outras razões que levam alguém a optar pelo vegetarianismo…

Compaixão e respeito aos animais


De acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira, a cada minuto, são abatidos mais de 10 mil animais terrestres para a produção de carnes, leite e ovos no Brasil. Mas o que muita gente não sabe (e a indústria alimentícia, assim como o agronegócio fazem questão de mascarar) é que animais como vacas, galinhas e porcos, são seres sencientes, ou seja, que também possuem uma complexa capacidade cognitiva e são capazes de sentir dor, sofrimento e alegria da mesma forma que nós e os cães que temos em casa. 

Logo, a escolha de ser vegetariano ou vegetariana é uma escolha de não compactuar com a exploração, confinamento e abate destes animais. 

 

 

Preservação do meio ambiente


Segundo a ONU, o setor pecuário é o maior responsável pela erosão de solos e contaminação de mananciais aqüíferos do mundo. Além disso, a maior parte do desmatamento da Amazônia tem sua origem na produção de carnes, laticínios e ovos.

 

“Ser vegetariano é mais efetivo contra o efeito estufa do que parar de andar de carro”. 

 

Conforme mostra uma pesquisa da Universidade de Yale, a produção de carne vermelha tem um impacto ambiental maior que a produzida pelos carros. O estudo analisou a quantidade de terra, água e fertilizantes nitrogenados necessária para expandir a produção de carne, apontando que entre 2% a 12% da energia bruta consumida pelos bovinos é desperdiçada na produção e na eliminação do gás metano.

O que explicaria o fato de que cerca de 14,5% das emissões de gases do efeito estufa serem provenientes de atividades do setor pecuário, segundo a ONU.

Evitar o desperdício de alimentos


Como acabamos de mostrar, a produção de alimentos por meio da atividade pecuária não é só ambientalmente degradante, como também contribui significativamente para o desperdício global de alimentos, uma vez que são usados de 2 a 10 Kg de proteína vegetal, como a soja, para produzir apenas 1 Kg de proteína de origem animal.


Dê o primeiro passo


Como qualquer mudança de hábito e de desconstrução de costumes e valores aprendidos desde a infância, o se tornar vegetariano ou vegetariana é também um processo (muitas vezes não linear) que exige informação, comprometimento, conscientização e responsabilidade, mas também compreensão e paciência.

Comece pesquisando sobre o assunto, assistindo a vídeos e documentários. Depois parta para a ação: tente ficar sem consumir carne ao menos um ou dois dias da semana, depois ao longo dos dias úteis e aumente os alimentos do reino vegetal, de preferência orgânicos e sem agrotóxicos nem fertilizantes.

Escolher vestir a camisa do vegetarianismo é mais que uma moda passageira, é assumir um compromisso de respeito e amor por todos os seres vivos. O Phitóss apoia essa causa.

 

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